O Fluminense derrotou o Guarani por 1 a 0, no domingo, no Engenhão, e conquistou seu segundo título brasileiro da história. Os jogadores, integrantes da comissão técnica e dirigentes, festejaram muito. O triunfo serviu também para consolidar Muricy Ramalho como o “rei dos pontos corridos”. Afinal, foi o seu quarto troféu (três pelo São Paulo).

Nos anteriores, Muricy Ramalho, com um bela estrutura no São Paulo, só precisou suar mesmo em 2008, quando os paulistas terminaram três pontos na frente do Grêmio. Em 2010, com apenas dois de vantagem do Fluminense sobre o Cruzeiro, o treinador sabe que as mudanças são necessárias em 2011.

“Foi, com certeza, o meu título mais difícil. Perdemos muitos jogadores importantes, mas tudo foi recompensando. Porém, é claro, as coisas ainda precisam melhorar, precisamos de uma estrutura melhor. Ano que vem já tem Libertadores”, destacou, ampliando o seu pensamento.

“Conquistamos um título muito complicado após 26 anos. Percebi, desde que estou no Fluminense (chegou em abril), que é preciso melhorar muito. O clube está muito atrás de vários outros do país. É claro que ainda é o homem que faz a diferença, que faz a esteira andar, mas a estrutura ajuda e muito”, emendou.

Para se ter uma ideia da “exigência” de Muricy Ramalho para 2011, o Fluminense não tem Centro de Treinamento, ao contrário do São Paulo, e apenas um campo de treinamento (Laranjeiras), bem diferente do clube paulista.

A parte interna do Fluminense, como sala de musculação, também está inclusa na estrutura comentada por Muricy Ramalho.

Na última terça-feira, após ser eleito presidente do Fluminense para o triênio 2011/2012/2013, Peter Siemsen salientou a importância do Centro Treinamento e prometeu dar este presente a Muricy Ramalho.

"O CT é uma demanda antiga, inclusive do atual treinador, e vai ser encarada como prioridade. Estamos estruturando um modelo para construir o centro de treinamento do Fluminense. Temos uma estrutura para atletas profissionais muito aquém do que demanda o mercado. É emergencial atacar o problema. Estamos criando um projeto de fundo imobiliário, atrelando o investimento a um fundo de pensão.  Nesse modelo, o fundo de pensão fica proprietário das cotas do fundo imobiliário, que é proprietário do terreno e da construção a ser feita. A ideia é captar cerca de R$ 20 milhões, usando também projetos incentivados, adquirir um terreno de 50 mil metros quadrados e iniciar a construção. Já estamos analisando três terrenos, todos na Zona Oeste, para avaliar qual a alternativa mais viável, considerando também o deslocamento dos atletas e da comissão técnica", disse.

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